quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O rio da minha infância




Do meu tempo de criança
Com saudade eu me lembro,
Do rio da Casa Velha
E das chuvas de Dezembro.


O rio ganhava cheia
Num bravo desafio,
As águas corriam e invadiam
As terras do baixio.


No meu tempo de criança
O rio corria noite e dia;
A chuva caia, 
A natureza florescia
E o homem colhia.


Hoje, procurei e não vi
O rio da Casa Velha;
Vi a natureza chorando,
As queimadas aflorando,
Os animais em extinção;
Vi matas se transformando
Em celeiros de carvão.


Procurei pelo rio da Casa Velha
Ninguém sabe. Ninguém viu.
O homem destruiu
A chuva não caiu
A água secou
E o rio sumiu.

By Terezinha Teixeira Santos
Imagens: Google

Um comentário:

  1. Belíssimo poema. Deixou-me com saudade de mim pequenininha...

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