quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O rio da minha infância




Do meu tempo de criança
Com saudade eu me lembro,
Do rio da Casa Velha
E das chuvas de Dezembro.


O rio ganhava cheia
Num bravo desafio,
As águas corriam e invadiam
As terras do baixio.


No meu tempo de criança
O rio corria noite e dia;
A chuva caia, 
A natureza florescia
E o homem colhia.


Hoje, procurei e não vi
O rio da Casa Velha;
Vi a natureza chorando,
As queimadas aflorando,
Os animais em extinção;
Vi matas se transformando
Em celeiros de carvão.


Procurei pelo rio da Casa Velha
Ninguém sabe. Ninguém viu.
O homem destruiu
A chuva não caiu
A água secou
E o rio sumiu.

By Terezinha Teixeira Santos
Imagens: Google

Só para você



No meu coração existe um cantinho,
Feito somente para você
De extrema ternura e amor
Para sua alma aquecer
Nas suas horas de tristeza e dor.






Quando os temporais da vida,
Fizerem você sofrer;
No meu coração existe um cantinho,
Aquecido pelos meus beijos,
Feito, somente para você.
By Terezinha Teixeira Santos
Imagem: Google

Devaneio

Na solidão do meu quarto
Num silêncio prolongado,
Eu vi no meu alvo travesseiro
Teu lindo rosto apoiado.


Sentir teu corpo junto ao meu
Louco de desejos fiquei.
Levei meus sedentos lábios
Na tua doce face,
Mas na ânsia de te beijar,
Eu acordei!...
By Terezinha Teixeira Santos
Imagem: Google

domingo, 25 de setembro de 2011

Sertão

Retardam as chuvas
As aguas desaparecem
Falta o pasto
Os animais padecem;

As dores chegas
A tristeza cresce
O sertanejo sofre
Mas não esmorece;

Percorre nas matas
Vê tudo seco
Volta à casa
Reza o terço;

Sua fé constante
A Deus implora
Que mande chuva
Para o sertão afora;

Contrito aguarda
Até que um dia
Chegam as chuvas
Dando-lhe
Alegria.

De Terezinha Teixeira Santos

As Dores da Seca